Super Bowl 2016: Coldplay faz a audiência acreditar no amor e recebe Beyoncé e Bruno Mars no palco

A banda apresentou grandes hits e aumentou as expectativas para a "A Head Full Of Dreams Tour"

08 fevereiro, 2016

Na noite de ontem (7), Coldplay fez uma das apresentações mais marcantes da história da banda. Tocando no Super Bowl 50 Halftime Show, no intervalo do jogo mais importante do ano na ‘Nation Football League’ – que decide o campeão de futebol americano da temporada, o som dos britânicos foi ecoado para todos os cantos do mundo em proporções equivalentes a celebração do jogo cinquentenário do Super Bowl.

Assista ao vídeo com a apresentação completa clicando aqui.

A apresentação envolveu uma estrutura grandiosa (erguida em poucos minutos) e Chris, Guy, Jonny e Will se destacaram em um palco com projeções luminosas no centro e com escadas e passarelas em suas laterais. A ‘Youth Orchestra de Los Angeles’ se juntou aos quatro e potencializou ainda mais a beleza dos arranjos das canções.

Chris começou a performance entoando ‘Yellow’ diretamente da grama do estádio e depois, ao ritmo de ‘Viva la Vida’, correu para o palco e se juntou aos amigos Guy, Jonny e Will. Fãs, que corresponderam à energia vinda dos artistas durante toda a apresentação, seguiram Chris e se posicionaram ao redor do palco. Com muitos músicos entrando no estádio, ‘Paradise’ continuou o show e foi seguida pela explosão de ‘Adventure Of A Lifetime’. O primeiro single do álbum “A Head Full Of Dreams” empolgou a plateia que cantou junto e vibrou com os fogos e com os dançarinos que se movimentavam com sobrinhas coloridas. A música também foi responsável pelo momento do show em que Guy, Jonny e Will mais se destacaram diante das câmeras (em todos os momentos que se seguiram, infelizmente os três integrantes praticamente sumiram da captação das câmeras).

Bruno Mars assumiu o palco logo após “Adventure Of A Lifetime” com o hit “Uptown Funk” e abriu caminho para a cantora Beyoncé. Ela cantou o novo single, “Formation”, pela primeira vez e ainda anunciou sua turnê. Posteriormente Bruno e Beyoncé geraram muita repercussão na internet ao fazerem uma ‘batalha’ de dança misturando as músicas “Crazy in Love” e, a já apresentada, “Uptown Funk”. Finalmente, Chris se juntou aos dois e os três cantaram mais alguns versos do hit de Bruno. Como Martin já tinha adiantado, o single ‘Hymn for the weekend” (último lançado pelo Coldplay e que conta com a participação de Beyoncé) curiosamente não entrou no repertório do intervalo.

Se encaminhando para o fim da apresentação, Chris ameaçou “Clocks” no piano e emendou “Fix You” enquanto imagens de Michael Jackson, Whitney Houston, James Brown e outros estampavam os telões em uma espécie de tributo. Versos de U2 e Bruno Mars (“Just the way you are”) se confundiram na voz do vocalista do Coldplay e em seguida Beyoncé e Bruno Mars voltaram ao palco para acompanhar a banda em uma de suas mais belas músicas lançadas recentemente: “Up & Up”! Com muitos fogos, cores e com a arquibancada formando um mosaico que dizia “acredite no amor”, Coldplay encerrou o raso (diante do que eles poderiam fazer), mas belo e inesquecível espetáculo.

 FOTOS

Bastidores e ensaio

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 Apresentação:

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Coldplay ofuscado? (Opinião)

Com uma discografia tão longa e rica como a do Coldplay, seria inviável fazer uma performance que transmitisse toda a história da banda em cerca de 15 minutos. Contudo, isso se tornou ainda mais difícil com as participações de Beyoncé e Bruno Mars. Os dois artistas são inquestionavelmente talentosos, porém já tiveram seus momentos no Super Bowl e ao se juntarem ao Coldplay deixaram a apresentação de ontem mais inflada, de conteúdo, do que deveria. Tanta coisa no final das contas se tornou uma leve bagunça (aquela velha história, menos é mais). Coldplay é uma banda incrível ao vivo e por isso era esperado mais espaço para que isso fosse exposto para a grande audiência do Super Bowl. Isso não aconteceu em sua plenitude, mas não diminuiu a grandeza do espetáculo. Os hits, que não caberiam num intervalo, empolgaram e movimentaram as cores que ocuparam todos os setores do estádio. A realização de estar ali estava estampada no sorriso de Chris Martin e na euforia da plateia.

Apesar de a imprensa, em sua maioria, colocar Beyoncé como o destaque absoluto do show do intervalo, até porque a cantora foi munida de novidades, acredito que Coldplay não foi ofuscado (mesmo não mostrando tudo o que podia). O fato é que a banda não tem a mesma proposta que Beyoncé e/ou Bruno Mars e por isso as comparações não devem buscar um mesmo resultado. São artistas muito diferentes e que fizeram um grande show (opiniões divergentes sempre vão existir). Enfim, como saldo final, acredito que a apresentação do Coldplay cumpriu seu papel levando a ideia positiva, que a banda tem insistido em levar, e ainda eternizando a mensagem “acredite no amor”!

Vitor Babilônia

Vitor Babilônia é Editor-Chefe do Viva Coldplay e Roteirista. Sua formação passa por instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vancouver Film School. Ele é fã da banda desde 2004.

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