Após o Brit Awards 2012, Roadie #42 atualizou seu blog, dando relatos dos bastidores da cerimônia. A postagem foi fonte de algumas notícias da imprensa nacional e internacional. De acordo com essas notícias, Noel Gallagher estaria cotado para o próximo álbum do Coldplay. Alguns exageros à parte, o que R42 relata é que durante o ensaio de AKA… What a Life, Noel produziu um som com seu pedal com o qual Chris ficou bastante empolgado. No dia seguinte, por esse motivo, Noel presenteou Chris com o pedal. O que o roadie notou é que seria cômico e interessante que, se um dia o som produzido por Noel com seu pedal acabasse incorporado numa gravação do Coldplay, isso teria acontecido sem Noel ter estado num estúdio juntamente com a banda.
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O dia de Ano Novo é muitas vezes referido como “a primeira ressaca garantida do ano”. Para a indústria fonográfica britânica, eu arriscaria um palpite de que o dia seguinte ao Brit Awards testemunha um aumento comicamente impressionante no número de contas de e-mails configurados para respostas automáticas com “Eu não estou no escritório hoje”.
De uma maneira um pouco decepcionante – ou não –, eu realmente me encontro plenamente capaz de funcionar hoje. No entanto, eu realmente tive trabalho a fazer ontem à noite…
Na opinião da equipe, o show foi bem atarefado para uma transmissão de quatro minutos para a televisão. Uma apresentação massiva de fogos de artifício, lasers, um grande globo repleto de mais lasers, ainda outros lasers e mais coisas explodindo. Assim que a banda saltou para fora do palco, o equipamento foi amarrado e foi içado, permanecendo sobre as cabeças dos convidados do jantar seguintes até ao final do show. Nunca um momento de tédio.
O meu equipamento ficou a uma grande distância atrás do palco – definitivamente o mais longe que eu já estive da banda durante uma perfórmance se eu me lembro bem. No dia do ensaio eu não conseguia acreditar que só eu conseguia ouvir nos meus fones o som da bateria um segundo ou dois depois de o Will tocar e a cavernosa arena reverberar o som até o depósito úmido onde meu equipamento estava aglomerado.
De qualquer forma, eu consegui sair para assistir o ensaio do Chris com o Noel Gallagher. No passado, eu costumava trabalhar (e por algum tempo *morar*) num complexo de estúdios de ensaio onde o Oasis passava um bom tempo. Eu sempre tive um grande respeito pela forma por que Noel se portava naquela época. Parece que ele continua sendo um cavalheiro.
A música dele começa e Chris não tem muita certeza de como o piano dele vai se encaixar na temível muralha sonora. Com um pouco de trabalho, porém, tudo começa a se encaixar.
O piano está bem próximo dos amplificadores de Noel. Como seria de esperar, este é o local ideal para apreciar plenamente os efeitos da guitarra Gallagher. Noel pisa em um pedal e começa um ciclo glorioso de sonoridades. Imediatamente, Chris fica de pé e grita “O que diabos é isso?”.
Chris pega o iPhone dele para gravar, proclamando com entusiasmo que é a coisa mais incrível que ele já escutou. Noel está rindo enquanto o pedal segue produzindo sons.
Avançando para dia do show, no camarim, Chris está me nomeando o responsável pelos pedais em meio à toda confusão. Parece que Noel chegou hoje e fez com que o Chris fosse até o seu camarim com as palavras “Eu tenho um presentinho para você…”
Chris está segurando o pedal com grande reverência e emoção. “Você pode gravar imediatamente o que está aqui e depois dar a gravação para o Rik [Simpson, engenheiro de som da banda]? Nós vamos levar de volta para o estúdio e usar o equipamento do Jonny e depois usar um microfone. O pedal é do tamanho de um pote de manteiga, mas eu o carrego com as duas mãos ao longo dos camarins como se derrubá-lo fosse botar o lugar em chamas.
Onde esse som vai acabar aparando, eu não tenho nenhuma idéia, mas se ele acabar sendo incluído em alguma música, o Noel poderá aparecer no próximo álbum sem jamais ter pisado no estúdio. Maravilhosa loucura…
O show correu bem para caramba, acho eu. Vocês provavelmente assistiram por si mesmos. Eles ganharam um prêmio, também – o que é sempre legal.
Em mais um lembrete da minha vida anterior, o Blur sobe ao palco para nos lembrar do som majestoso que eles fazem. Vai ter um coquetel depois da cerimônia e um barco atracado na parte de trás da arena, que seguirá pelo Tâmisa para uma noitada ébria. Escolho a opção mais tranqüila ao invés de escapar pela porta dos fundos. Os dias foram bem agradáveis. Nenhum motivo para estragar isso…
R42
Disponibilizaremos a o Blog #42 e o atualizaremos assim que for possível.