Entrevista para a Orange Paris

05 outubro, 2011

Com o lançamento do MX cada vez mais próximo, a banda tem dado entrevistas quase que diariamente para a imprensa do mundo inteiro. Nesta entrevista para a Orange Paris, além de anunciar uma apresentação intimista que será realizada em Paris no dia 31 de outubro, a banda comentou sobre a participação de Brian Eno no processo de  criação do quinto álbum além de algumas influências musicais e mais uma vez sobre o curioso título escolhido. Para ler a reportagem basta clicar em leia mais!

O download da entrevista pode ser feito aqui. Créditos ao Coldplaying, onde a transcrição original pode ser encontrada.

Chris sobre Mylo Xyloto: Nesse momento o título “Mylo Xyloto” soa ridículo e estranho. Nós queríamos que quando você digitasse no Google você não achasse nenhum resultado além deste álbum.

Will sobre o processo de gravação do cd: Algumas vezes uma canção simplesmente chega. Chris virá e perguntará:  “O que você acha?” Então tocamos-a e em 3 dias está pronta. Rápido e fácil. Outras vezes demora eternamente… Nós começamos analisando-a demais, e começamos a ficar muito envolvidos, fazendo pequenas mudanças, mudando a estrutura ou escrevendo um novo verso. A música “Charlie Brown” já está entre nós há cerca de 3 anos…

Guy sobre Mylo Xyloto: Significa tudo e não significa nada para todo mundo e para ninguém. Decifre essa!  O nome “Mylo Xyloto” vem de uma fase do album em que estávamos criando as músicas, que eram para ser uma trilha sonora. Nós íamos fazer um filme de animação, existiam personagens. Mylo Xyloto era uma espécie de personagem principal.

Guy sobre Brian Eno: O papel do Brian foi um ligeiramente diferente nesse álbum do que foi em Viva la Vida no sentido de que ele não estava muito presente porém quando ele chegava, ele estaria envolvido no começo de uma música. Ele estava realmente escrevendo conosco, tocando instrumentos e nos dando ideias e sugestões de como nós podemos tentar e fazer uma música diferente do que havíamos feito antes.

Chris sobre Brian Eno: Se tornou muito estranho em nível de atmosfera. Às vezes divertido, às vezes triste. Daí a pintura livre. Às vezes um pouco disto é posto em forma de canções. Porém ele sempre ama simplesmente ficar numa sala e tocar, como um grupo à moda antiga. Ele nunca piora uma música, sempre melhora-a adicionando uma pequena parte ou mudando uma estrutura ou alguma coisa. Ele tem um toque mágico e nós estamos muito gratos de poder trabalhar com ele.

Jonny sobre Brian Eno: Eu duvido que ele iria querer juntar-se à nossa banda, mas  nós seríamos gratos se ele viesse passar um tempo conosco uma vez ao ano.

Guy sobre influências musicais: Nós fizemos quatro álbuns agora, e ao fazer o quinto álbum (ou qualquer álbum) nós realmente não queremos repetir qualquer ideia que nós tivemos em albuns anteriores, então estamos dando uma olhada em umas ideias de hip-hop, música dance e muitos tipos diferentes de música para pegar algumas ideias.

Jonny sobre influências musicais: Nós ouvimos desde música húngara até alguns tipos de flauta de nariz. Nós estamos apenas totalmente livres para mostrarmos músicas uns para os outros. Brian viria e tocaria muita velharia de barbearia – ele realmente gosta dessa coisa de barbearia dos anos 50.

Chris sobre influências musicais: Nós somos fãs de todo tipo de música boa. A melhor coisa da internet é que você pode ouvir qualquer coisa e não existem mais “tribos”. Você não tem que ser gótico ou gostar de jazz ou Mozart. Você pode ouvir Mozart-jazz-gótico. A qualquer hora. Então sentimos que seria ok se mostrássemos todas as nossas influências da maneira que estamos trabalhando agora. Então se há um pouco de hip-hop significa que gostamos de um pouco de hip-hop! Nós apenas sentimos que não há nada a perder como uma banda então foi legal para se sentir livre. E eu não sei se o MX é comercial, ou se é bom, mas é cheio de amor e paixão.

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