Entrevista de Chris para Rolling Stone (vídeo)

07 outubro, 2011

Confira abaixo um pequeno vídeo em que Chris Martin faz comentários sobre Mylo Xyloto. O bate-papo ocorreu com a Rolling Stone. (A entrevista continua em ‘leia mais’, onde também o vídeo pode ser assistido).

No nosso último álbum, Viva La Vida, começamos a trabalhar com Markus Dravs e Brian Eno e também com Rik [Simpson] e Dan [Green], esses caras com quem sempre estamos. Ou seja, desde o último álbum, temos esse time e também construímos um pequeno lugar chamado ‘The Bakery’. Quando terminamos a gravação do Viva La Vida, o Brian Eno nos convocou de volta para o estúdio porque ele achou que poderíamos continuar desbravando um pouco mais um território desconhecido. Assim, compusemos bastante e, em meio a toda última turnê, passamos bastante tempo no estúdio.

O Brian Eno se tornou meio que um… Não um músico auxiliar [session musician], mas um integrante mesmo; ele adora ficar em círculo e ficar tocando com a banda. Dessa vez, ele foi mais um integrante da banda do que um produtor. Isso é muito divertido porque ele aparece com idéias muito estranhas, sons doidos, que, no final das contas, acabam sendo insubstituíveis.

Os conselhos mais importantes que o Brian Eno deu para a gente basicamente têm a ver auto-confiança, não ter medo de refletir o que amamos e o que escutamos e não se preocupar demais com como você vai se encaixar no esquema geral de bandas. Basicamente, é uma questão de tentar ser destemido porque, sendo ingleses e músicos que têm atrás de si cinqüenta anos de rock, podemos ficar meio intimidados por nossos colegas e por aqueles que nos precederam. No estúdio, ele fez com que realmente esquecêssemos tudo isso, o que é muito aliviador.

Acho que essa é época, mais do que nunca, para gravar álbuns se é esta a sua especialidade. Provavelmente, somos melhores nisso do que em lançar singles. Além disso, a gente ainda gosta de ouvir 45 minutos de um artista por vez. Assim, apesar de isso poder ser um tiro no pé, realmente tentamos fazer um trabalho com unidade, em que todas as partes estão conectadas, do começo ao fim. Isso é meio que aparecer com um bom cavalo numa época de carros e automóveis, mas beleza.

No momento, a sonoridade do nosso novo álbum não está clara para mim. É cedo demais. Acho que, depois de você entregar o álbum, você não pode escutar ele de novo, porque tudo o que vai escutar é problemas. Lembro, de mais ou menos uma semana atrás, quando finalizamos o álbum, que ele parecia bem colorido. Não sei se são cores boas ou cores ruins, mas são cores definitivamente diferentes e em lugares diferentes.

Bom, há cerca de dois anos, compusemos uma música chamada ‘Princess of China’, que eu secretamente sempre pretendi dar a… Bom, oferecer à Rihanna para ela cantar. Mas eu realmente gostava de cantar algumas partes, então, a guinada no álbum se concretizou e essa música realmente se encaixava. É uma música de amor danificado. Depois de seis meses sem ter a coragem suficiente para falar com ela, finalmente entramos em contato com ela perguntando se ela cantaria na música. Felizmente, para nós, ela disse sim. E, de longe, é o melhor vocal do álbum.

No momento, nossos planos não vão além de quinta-feira. Cada dia de uma vez. Não é mais possível tomar nada de barato, seja você grande ou pequeno, famoso ou não – você tem de se provar de novo. Não temos planos imediatos para uma turnê; vamos ver primeiro se vai ter alguém interessado [no material do novo álbum].

Temos todos entre 32 e 34, então, não nos importamos mais em ser relevantes ou não. Fico satisfeito por estar nesse grupo de pessoas. Estamos totalmente acesos e focados. Para as pessoas que gostam das nossas músicas: nós amamos e agradecemos [?] a elas. Mas, em termos de onde nos encaixamos: eu não me importo.

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