Conforme noticiado na semana passada, Chris participou de uma breve entrevista com Ryan Seacrest, apresentador de uma rádio dos EUA. Confira o áudio e a tradução da entrevista abaixo.
(Inadequações na tradução, é só informar aqui.)
Ryan Seacrest: Chris Martin, do Coldplay, está no ar com a gente neste momento, por telefone. Como vai, Chris? Ouvi dizer que você acaba de voltar do estúdio.
Chris Martin: Estou cansado. Acabamos de voltar da Suécia. Eu estava no estúdio não faz nem dez minutos.
RS: Estou perguntando porque, obviamente, tem muita gente ansiosa pelo novo álbum, o quinto álbum de vocês, que sairá em breve. Mas eu ouvi dizer que está finalizado, então, você está trabalhando em alguma outra coisa?
CM: Quem disse isso para você?!
RS: Eu ouvi. Eu ouvi algumas coisas. Aí vai a citação de alguém que trabalha com vocês. Isso pode parecer bem profundo, mas aí vai: “O álbum é, na palavra que eles usaram, ‘ridículo’”. E disseram que estava finalizado.
CM: Isso significa que tem bastante jazz, saxofone, instrumentos de sopro e todo tipo de canto estranho. É isso que quiseram dizer.
RS: Está acabado?
CM: Não. Eu acho que não, pelo menos não nos últimos seis minutos.
RS: A informação que deram para a gente era ruim…
CM: E tem ainda outra coisa no álbum que pode ser… [?]
RS: E o que você pode realmente contar para a gente?
CM: Não posso falar nada. Tudo o que posso falar é que é difícil. É difícil de terminar. É quase tão difícil quanto chegar na final do American Idol. E você sabe que isso é difícil.
RS: Eu sei. Estive lá por dez anos e sei o quanto é difícil. O que precisa estar na sua vida para gravar um bom álbum? Amor, distância, saudade, voltar às raízes… Do que você precisa para fazer boa música?
CM: Pergunta fantástica. Do que eu preciso é de todas essas coisas, ao mesmo tempo, além de um estranho tipo de impulso, que vem de diferentes fontes: pode ser alguém sendo mesquinho ou alguém sendo fantástico; pode ser alguma coisa no noticiário ou qualquer coisa desse tipo, qualquer coisa que te faça se sentir vivo.
RS: Temos o single Every teardrop is a waterfall. Você pode dar algumas informações sobre esse single?
CM: Estávamos sentindo falta de uma música, cerca de dois meses atrás. Eu estava assistindo esse filme, chamado Biutiful [leia aqui um Let’s Talk sobre o assunto], que foi indicado para o Oscar e tudo o mais. Tem uma cena em um clube, em que está tocando uma melodia de dois acordes. Eu pensei “Oh, eu podia usar isso”. Assim, falamos com as pessoas que fizeram essa música e fizemos uma música nova.
RS: É sério?
CM: É isso que aconteceu. A gente só adicionou alguns acordes a mais, letra…
RS: São esses os acordes? [Seacrest toca os segundos iniciais de ETIAW]
CM: São esses mesmo, mas, na música original, eles soam um pouco diferente.
[Chris interrompe a entrevista por alguns milissegundos.]
RS: Ah, eu tinha esquecido que, além de ser do Coldplay, você também é pai.
CM: É verdade. Pois é, esses dois acordes foram toda a inspiração.
RS: Vamos ouvir agora Every Teardrop is a Waterfall.
RS: Chris Martin está hoje conosco.
CM: Olá, Ryan, como vai? Aliás, você está muito bem na tevê.
RS: Obrigado! Eu tento permanecer entusiasmado e envolvido todo dia. Acabamos de começar as seleções novamente, para a 11ª temporada.
CM: Eu fico assustado com esses programas, eu fico muito emocionalmente envolvido com eles. Eu sempre me sinto mal quanto alguém é eliminado. Eu não sei se agüentaria. Isso me lembra demais de… da escola! Me lembra de ser dispensado pelas meninas na escola.
RS: Mas você nunca ouviu a palavra ‘rejeição’ na música, não é?
CM: To-da hora! Tudo o que tenho que fazer é entrar na internet! Dá para achar um monte, mas eu não olho mais
RS: Quando você acha que os fãs vão ter a chance de ouvir o novo álbum?
CM: Eu não sei. Tomara que não seja depois de 2020.
RS: Eu também espero. Seria tempo demais.
CM: Também espero que seja antes do final do ano.
RS: No final de semana passado, vocês estavam tocando no Glastonbury Music Festival, que é um grande festival do outro lado do oceano.
CM: Na verdade, não foi tão ruim assim! A Beyoncé estava incrível, o U2 estava incrível, tudo estava incrível.
RS: A Beyoncé estava nervosa? Acho que é a primeira vez que uma mulher é headliner.
CM: É a primeira vez desde há alguma tempo, mas é definitivamente a primeira vez que a alguém tão bom assim é headliner. […]
RS: Tem uma história aqui nos Estados Unidos que, antes dela tocar, ela foi falar com você. Você falou palavras encorajadoras para ela.
CM: Eu disse “Não toca nenhuma música do Coldplay”. Não vão gostar.
RS: E ela escutou?
CM: Escutou.
RS: Tem boatos de que o Coldplay vai participar dos Jogos Olímpicos de 2012. Você pode falar alguma coisa a respeito para a gente?
CM: Isso, vamos participar dos 400m e dos 100m com barreira [?].
RS: Acho que estavam falando mesmo é de uma participação musical…
CM: Eu não acho que a gente vai tocar. Eu queria que a nossa vida fosse como você pensa: nosso álbum está concluído, vamos tocar nas olimpíadas. Demais.
RS: Eu adoraria conversar com você quando ele estiver concluído. Vocês já pensaram no título?
CM: Já e é difícil de soletrar. A gente provavelmente vai revelá-lo em mais ou menos seis semanas.
RS: Adoraria conversar com você por dois minutos quando isso tiver acontecido.
CM: Tá bom. Acho que a gente, com toda a sinceridade, vai ter acabado em duas semanas.
RS: Ótimo.
CM: Eu espero. A gente trabalho por um longo tempo e você é a primeira pessoa com que falo sobre isso, então não sei expressá-lo em língua inglesa. O que eu sei é que a gente se esforçou o máximo que a gente conseguiu.
RS: Obviamente ela var diferente, mas há tons, texturas, cores que podem te ajudar a descrever o que vamos escutar em algumas semanas?
CM: Nosso guitarrista, o Jonny, está finalmente tão bom quanto todos nós sabíamos que ele poderia ser. E ele meio que se tornou nosso herói.
RS: Então tem muita guitarra?
CM: Tem muita guitarra.
RS: Eu gostaria muito de conversar com você quando a gente puder ouvir o novo álbum. Agradecemos pelo tempo. Somos grandes fãs.
CM: Desculpe por eu não estar muito eloqüente. Preciso voltar a me acostumar com entrevistas.
RS: Sem problema. Quando você quiser ensaiar um pouco, eu estou aqui todos-os-dias.