Entrevista com Chris para a Q Magazine

01 janeiro, 2011

E para começar o ano, além da apresentação do Top Of the Pops, novidades sobre o novo álbum. Na edição de janeiro de 2011 (já mencionada no site), a Revista Q Magazine publica uma breve entrevista com Chris Martin, a respeito do próximo álbum da banda. Confira scans da revista no Fórum [agradecimentos: SarahBerryman] e a tradução, no link abaixo.

Coldplay: mais do que uma salva de palmas

  • Nome do álbum: a confirmar
  • Local de gravação: The Bakery e The Beehive (Londres)
  • Produtores: Brian Eno e Markus Dravs
  • Músicas: Up with the birds, Hurts like Heaven, Every Teardrop is a Waterfall
  • Previsão de lançamento: final de 2011

Q Magazine: Como estão as coisas aí no Coldplay?
Chris Martin: Estamos bastante entusiasmados e empolgadíssimos. Em cinco anos, estaremos no fim dos nossos trinta anos. Até lá, a gente precisa ter executado o melhor dos nossos feitos.

Q: Vocês não saíram de férias depois do Viva La Vida?
CM: Depois da gente ter tocado no Wembley, a gente saiu de folga por uns dez dias. O Brian escreveu para a gente depois do Viva La Vida e disse ‘estou muito orgulhoso disso, mas será que a gente pode continuar?’.

Q: O que vocês aprenderam da última vez que vocês levaram o Eno para o estúdio?
CM: Ele deu para a gente dez mandamentos e aprendemos eles. São coisas do tipo ‘cozinhe como um italiano’. Eles são muito enigmáticos, mas a gente sabe o que eles querem dizer. O que eu aprendi é como o Guy, o Will e o Jonny… Eles ficaram incríveis! Mesmo se você me odiar cantando, não tem como não gostar do que eles estão fazendo.

Q: E qual é a cara das novas músicas?
CM: Estão muito legais. As partes que a gente costumava cortar na mixagem estão todas de pé. Tem mais guitarra também. O Jonny está saindo do casulo dele. Estamos tentando arriscar mais.

Q: Por exemplo?
CM: Bom, a gente está tentando aperfeiçoar as palmas, o que é muito difícil de fazer. Isso não soa muito futurista, né? E também remover o piano e deixar a música se tornar algo que não era no começo.

Q: Quantas músicas há até agora?
CM: A gente está diminuindo até 15. Estou tentando garantir que haja três músicas que comecem com a mesma letra. No último álbum, foi ‘L’. Talvez seja ‘U’ dessa vez. Uma delas é Up with the birds. Pode ser que seja um dueto, mas ainda não sabemos com quem. As outras duas podem mudar se a Umbro falir.

Q: Há músicas que não começam com ‘U’?
CM: A gente tem uma música que se chama Hurts like heaven, em que quem mais se destaca é o Jonny. Ela só tem dois acordes. Tem ainda outra chamada Every teardrop is a waterfall, que vai provavelmente fechar o álbum.

Q: Há um tema central no álbum?
CM: É sobre se sentir livre para ser você mesmo e se expressar em um contexto negativo; poder falar o que você pensa ou seguir o que você ama, mesmo quando todos parecem ser c0ntrário a isso.

Q: De onde veio essa idéia?
CM: O grafite da Nova Iorque de 1970, quando as pessoas estavam se expressando por meio da pintura. Nessa época, também estava ocorrendo o movimento Rosa Branca, um grupo de jovens na Alemanha na Segunda Guerra Mundial, que imprimiu cartazes anti-nazistas. [Essa idéia veio de] todas as pessoas que estão se esforçando para conseguir expressarem a si mesmas.

Q: Como um membro do Coldplay se relaciona com grafiteiros e jovens na Alemanha nazista?
CM: Eu admiro tudo isso. Eu passei muito tempo da minha vida fazendo música em uma zona de conforto ou para me conformar a alguma coisa, mesmo quando eu não concordava com ela. Eu tenho muito respeito e admiração por quem não faz isso.

Q: Vocês já têm um nome para o álbum?
CM: Não quero dizer. Ele vai provavelmente começar com ‘M’. Duas palavras.

Q: Vamos ver o Coldplay no Glastonbury no ano que vem?
CM: Depende da gente ser chamado. Isso é mais ou menos como ser uma menina e o Robert Pattinson te tirar para dançar. Imagina o Robert Pattinson te ligando e perguntando ‘você quer tocar nas minhas *****?’.

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