Em outubro de 2021, o Coldplay divulgou que a ‘Music of the Spheres World Tour’ contaria com iniciativas para mitigar o impacto ambiental de seus shows. A novidade é que agora, em junho de 2023, foram revelados os resultados do trabalho realizado nos 12 primeiros meses de turnê. Usando a transparência, a banda explicou que algumas coisas funcionaram, enquanto outras precisam ser melhoradas para alcançar resultados ainda melhores em prol do planeta.
Um dos resultados mais positivos já alcançados foi a redução de 47% de emissões de Carbono Equivalente (CO2e) em uma comparação show a show com a turnê antecessora da banda (‘A Head Full of Dreams Tour’), que viajou o mundo entre 2016 e 2017.
Em um comunicado, a banda contou que os dados de emissões dos 12 meses iniciais de turnê foram compilados, avaliados e validados por John E. Fernandez – que é um professor da área de ‘Environmental Solutions Initiative’ do prestigiado MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Sobre a redução de 47%, Coldplay reconheceu que ainda há espaço para melhorias, mas opinou que considera um bom começo.
E ninguém poderia discordar. Afinal, a ‘Music of the Spheres World Tour’ não acabou e há tempo para avançar ainda mais em outras frentes e para chegar a uma redução de 50% de emissões (como foi proposto no plano de sustentabilidade divulgado logo no anúncio da turnê).
A porcentagem de redução de emissões de carbono não foi o único dado a ser celebrado entre os resultados dos 12 meses iniciais da turnê. Confira, a seguir, outros destaques que a aplicação do plano de sustentabilidade da turnê alcançou até agora:
5 milhões de árvores plantadas
Uma árvore plantada para cada pessoa que foi aos shows da turnê. Todas as árvores serão acompanhadas, até a maturidade, pela One Tree Planted. Outros resultados são: 5,000 hectares de terra restaurados em 17 países, além de 21 projetos de plantio apoiados (o que incluiu regeneração de ecossistemas na Mata Atlântica, no Brasil)
Um média de 86% de devolução
das pulseiras de LED, que agora são feitas de materiais vegetais 100% compostáveis, no final dos shows
1 interceptor movido a energia solar
implantado em um rio da Malásia. Foi uma iniciativa apoiada por meio do trabalho da organização The Ocean Cleanup e realizada em março de 2021, no rio “Klang”. No geral, 158 toneladas de lixo e 13 toneladas de plástico, (toneladas) ligadas ao oceano, foram removidas desde o início da turnê.
Alcance de uma potência média de 15kWh
gerada por instalações de energia solar nos estádios, o que inclui bicicletas elétricas e pisos com energia cinética – em que fãs podem, respectivamente, pedalar e dançar para colaborar com a geração de energia para o palco. O que é gerado em cada show está sendo suficiente para abastecer de energia todo o palco C e ainda fornecer estações de energia para a equipe carregar ferramentas, celulares e notebooks
95% dos shows
com disponibilização de estações de reabastecimento de água gratuita para fãs (na maioria dos países, há bebedouros que podem ser utilizados por fãs que levam garrafinhas e demais recipientes)
553 de tCO2 (toneladas de CO2 equivalente) deixaram de ser usadas
devido a compra de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF)
66% de todo o lixo da turnê
deixou de ser direcionado para aterros. Uma ação em busca do desperdício zero.
3.770 refeições + 73 kg de produtos de higiene
doados por meio de iniciativas da turnê com foco em pessoas em situação de rua e/ou desabrigadas
Apoio financeiro para organizações
que trabalham com pautas ambientais, incluindo ClientEarth, The Ocean Cleanup, Climeworks, Sea Shepherd, Project Seagrass, Sustainable Food Trust, Cleaner Seas Group, Food Forest Project, Knowledge Pele, Conservation Collective e outras
707,288 tomadas de ação
realizadas por fãs da banda que ouviram pessoas do movimento Global Citizen, presentes nos estádios, e perceberam a importância de se cadastrar para apoiar ações focadas em derrotar a pobreza e gerar equidade. Tudo em prol do planeta.
Como isso foi alcançado:
- Redução de caminhões em 20%;
- Aumento da eficiência energética dos equipamentos usados na produção dos shows;
- Uso de biodiesel sem óleo de palma e sem combustíveis fósseis considerando deslocamento terrestre, marítimo e aéreo (frete/transporte de carga e viagens de pessoas);
- Geração de energia renovável e cinética, a partir do poder de geração dos fãs e das energias eólica e solar;
- Show com energia proveniente de um novo sistema de bateria elétrica portátil que é assinado pela BMW e feito a partir de baterias reaproveitadas do BMW i3;
- App da Music of the Spheres World Tour colaborando para que fãs pensem o seu deslocamento para os estádios de uma maneira mais consciente. Há jogos e opções de jornadas mais sustentáveis (incluindo rotas de transporte público e incentivo a usar bike e a juntar amigos para que um carro não vá com menos do que a sua capacidade).
Leia mais do comunicado divulgado pelo Coldplay em junho, sobre a atualização das emissões, acessando coldplay.com/emissions-update.
Já para acessar a íntegra do plano de sustentabilidade da turnê (em português) confira a página vivacoldplay.com/sustentabilidade.
Olhando para a continuação dos 12 meses iniciais, a banda afirmou que o segundo ano da turnê já conta com um sistema de bateria elétrica que permite usar 100% de energia renovável da maneira mais eficiente possível – o que impacta diretamente em luzes, lasers etc. Também há mais consciência para usar ainda mais veículos elétricos, mais combustíveis alternativos e apostar ainda mais na redução de plástico.