Guy Berryman responde perguntas dos fãs sobre “Parachutes” – álbum do Coldplay que completa 20 anos neste mês

08 julho, 2020

Na manhã desta quarta-feira (8), a conta do Coldplay no Instagram abriu uma caixa de perguntas e anunciou que Guy Berryman iria responder questões sobre o “Parachutes” – álbum que completará 20 anos no dia 10 de julho.

Poucas horas depois, o baixista selecionou 29 perguntas a respeito do primeiro disco da banda e respondeu cada uma delas nos stories. Paula Valladares, uma das integrantes do Viva Coldplay, foi respondida por Guy. Ela perguntou: “Por que vocês escolheram incluir a música “Life Is For Living” apenas como uma faixa escondida?”, e Guy respondeu:

“@coldpaula. Eu acho que nós gostamos bastante de faixas escondidas. E uma faixa secreta é, também, uma boa maneira de conseguir colocar uma música extra em um álbum sem que o disco pareça muito longo.”

Instagram Coldplay / Divulgação.

Além da brasileira, outros fãs da banda foram respondidos por Guy. Confira a tradução de todos os stories publicados na conta oficial do Coldplay.

@david_shepard: “Quanto tempo vocês levaram para gravar o álbum ‘Parachutes’?”
Guy: “O processo de gravação foi uma construção longa, mas o tempo que realmente passamos gravando foi bastante curto e dividido em vários intervalos, pois não podíamos bancar muito tempo dentro do estúdio.”

@coldplaylove: “O quão nervosos todos vocês estavam para lançar o primeiro álbum completo da banda?”
Guy: “Na verdade, o nervosismo estava mais na questão da realização do nosso primeiro show – eu me senti mal/enjoado. Mas nós estávamos muito felizes com o álbum que havíamos lançado e ficamos animados quando ele saiu.”

@cweezy93: “Qual foi a inspiração por trás da capa do álbum?”
Guy: “Nós tínhamos aquele globo no estúdio – acho que o compramos na loja WHSmith, em Sheffield. Também usamos (o globo) como objeto de cena para compor o palco da turnê. Alguém tirou uma foto dele e simplesmente funcionou (para ilustrar) a capa.”

Capa de Parachutes, álbum lançado pelo Coldplay em julho de 2000.

Fã: “Qual é a sua música favorita (entre as que estão) no álbum?”
Guy: “’Yellow’ foi, obviamente, a primeira música que nos levou a tocar nas rádios e foi a primeira que fez as pessoas realmente se conectarem com a banda, então ela sempre vai ocupar um espaço especial.”

@laurgarciaesp: “Por que vocês escolheram chamar o álbum de ‘Parachutes’?”
Guy: “Era o título de uma das músicas do álbum e geralmente nós batizamos os nossos álbuns com nomes de canções que já estão presentes nos próprios discos. Eu acho que talvez a gente apenas tenha curtido a palavra.”

@carynwasco: “Qual é a música do álbum que você mais gosta de apresentar ao vivo?”
Guy: “‘Yellow’. Porque todo mundo sempre canta junto.”

“Eu acho que o primeiro álbum de qualquer banda representa um período especial em suas carreiras musicais. Durante todo o processo você se sente extremamente empolgado”, escreveu Guy em meio os stories com respostas direcionadas aos fãs.

@julieta.aranda: “Qual foi a canção mais difícil de compor?”
Guy: “Eu diria que nenhuma delas foi fácil. ‘Everything’s Not Lost’ era, estruturalmente, uma música muito complicada. Mas nenhuma delas era particularmente fácil, até porque estávamos aprendendo como fazer isso (ser músicos profissionais).”

@leeechea: “Entre os clipes do álbum, qual é o se favorito?”
Guy: “(Considerando a época) Eu pensava que o clipe de animação feito para ‘Don’t Panic” havia sido muito bem executado. Eu realmente gosto desse vídeo.”

@gusvazf: “Você esperava que o primeiro álbum da banda já teria tanto impacto na mídia?
Guy: “Eu acho que ficamos surpresos com a reação inicial. Quando entramos no estúdio a música ‘Yellow’ não existia, nós a escrevemos quando já estávamos no estúdio – e essa foi a música que transformou tudo.”

Fã: “Qual foi o momento mais memorável?”
Guy: “Tocar no ‘T In The Park Festival’ (no palco) ‘King Tut’s Wah Wah Ht’. Foi o primeiro show depois que ‘Yellow’ foi lançada nas rádios e foi a primeira vez que as pessoas cantaram junto uma de nossas músicas.”

@joemcquilan_: “Alguma vez você já sentiu falta de tocar em locais menores como vocês faziam na era Parachutes?”
Guy: “Não. Eu amo a energia que é tocar em espaços maiores.”

@lukemcm: “Você mudaria alguma coisa no álbum?”
Guy: “Não, pois ele capturou o que éramos em um determinado momento. Representa um retrato de um fragmento das nossas vidas. Todos os álbuns são (um retrato de um momento). Você não pode voltar e começar a editar isso.”

@joemcqillan._: “O que inspirou vocês na hora de escrever ‘Yellow’?”
Guy: “Chris escreveu a música em Rockfield (no Reino Unido). Foi durante uma noite em que estávamos em uma área externa e as estrelas realmente brilhavam. Então, de certa maneira, foi bem literal.”

Fã: “Como você descreveria o álbum em uma palavra?”
Guy: “Quiet” (Calmo/Tranquilo, em português).

@josephinevanos_: “Quem tirou a foto do globo (a imagem que estampa a capa do álbum)?”
Guy: “Tenho a sensação de que foi o Chris.”

Coldplay / Divulgação.

Fã: “Você gosta de todas as canções do álbum?”
Guy: “Sim.”

@agustina.rinaldi: “Qual foi o aprendizado que ‘Parachutes’ trouxe para banda?”
Guy: “Acho que aprendemos que gravar em fita era um pouco antiquado. Foi assim que gravamos, usando uma fita de duas polegadas. Claro que agora só gravamos usando elementos digitais.”

@vanidyasal: “Qual é a música mais subestimada do ‘Parachutes’”?
Guy: “Eu realmente gosto de ‘Sparks’. Eu acho que a música não é necessariamente subestimada, mas talvez ela não tenha ganhado tanta atenção quanto alguns dos nossos singles.”

@come_as_aletsss: “Qual música do álbum tem o seu riff de baixo favorito?”
Guy: “Provavelmente Sparks.”

@midge_show: “Qual música quase não entrou no álbum?”
Guy: “Everything’s Not Lost foi incluída no último minuto. Acho que nós pensamos que havíamos terminado o álbum, mas essa canção simplesmente surgiu e se encaixou ali.”

@clarasangiorgio: “Algum artista/banda em particular inspirou a sonoridade do álbum?”
Guy: “Nós estávamos escutando muitas coisas diferentes naquela época, mas eu acho que Jeff Buckley e Neil Young estavam definitivamente entre essa mistura (de influências).”

@delerson: “Vocês gravaram todos os instrumentos juntos ou cada um de uma vez?”
Guy: “Eu acho que foi uma mistura. Nós tentamos tocar tudo juntos, mas aconteceram alguns overdubs* – acho que em ‘High Speed’ e ‘Spies’.”

*Overdubs é uma técnica usada na gravação de áudio e acontece quando um performer escuta uma música já gravada e reproduz simultaneamente uma nova performance. O som que já existia e o som da nova performance são misturados e disso surge uma combinação desses dois dubs.

Fã: “Qual canção você acha mais desafiadora na hora de tocar?”
Guy: “Na verdade, todas elas são bastante flexíveis. São todas músicas que ainda continuam em rotatividade nos setlists dos nossos shows. Mas seria um desafio apresentar ao vivo a música “For You” – uma faixa escondida que eu acho que entrou como bônus na edição japonesa do álbum.”

Fã: “Qual foi a melhor coisa sobre fazer o álbum?”
Guy: “Ser capaz de fazer o que nós amamos e fazer isso como um trabalho. Isso é muito especial.”

Fã: “Entre as músicas que estão no álbum, qual é a mais nostálgica para você?”
Guy: “De certa forma eu penso em ‘High Speed’ como a música mais nostálgica, já que ela é anterior ao ‘Parachutes’ e foi uma das nossas primeiras músicas.”

Fã: “Qual foi a última música a ser gravada para o álbum ‘Parachutes’”?
Guy: “Foi ‘Everything’s Not Lost’.”

Fã: “Como você descreveria a sua jornada na indústria musical desde que o álbum ‘Parachutes’ foi lançado”?
Guy: “Épica. Longa. E apenas a maior aventura que alguém poderia desejar.”

“Pessoal, obrigado por todas as perguntas. Eu gostei disso”, finalizou Guy.

Vitor Babilônia

Vitor Babilônia é Editor-Chefe do Viva Coldplay e Roteirista. Sua formação passa por instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vancouver Film School. Ele é fã da banda desde 2004.

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