O Coldplayer da Rodada – Entrevista #4

02 junho, 2013

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A fã sorteada para protagonizar essa rodada foi a Letícia Barbosa! Muito obrigado a todos os coldplayers que efetuaram suas inscrições. Não se esqueçam que quem enviou o nome anteriormente continua participando e pode ser sorteado numa próxima rodada, então fiquem atentos! É claro que novas inscrições são sempre bem-vindas, basta enviar nome e sobrenome para o e-mail: contatovivacoldplay@mail.com e contar com a sorte para ser o próximo(a) entrevistado(a). Clique em leia mais para ler a entrevista que Letícia nos concedeu

Letícia Barbosa Barros Belém - Pará 19 anos Estudante de medicina

Letícia Barbosa Barros
Belém – Pará
19 anos
Estudante de medicina

1 – Antes de tudo, nos responda uma pergunta inevitável: como e quando você conheceu o Coldplay?

 Eu conheci o Coldplay em 2004. Naquele ano o filme Peter Pan estava em cartaz nos cinemas e a música que tocava no trailer que passava na televisão era Clocks, mas eu não sabia o nome da música e muito menos o nome da banda. Até que em um belo dia, meu tio estava assistindo a um vídeo do Coldplay tocando Clocks ao vivo. Eu reconheci a música como a do filme e me interessei em assistir ao vídeo que tinha aquele cara magricelo tocando piano e se mexendo sem parar hahaha! Toda aquela explosão de lasers verdes, tudo me passou uma grande energia que me atraiu! Foi nesse momento que eu descobri que o Coldplay existia. Me interessei em descobrir mais músicas, algumas já familiares, outras pelas quais fui me apaixonando, meu amor foi crescendo, muito, e hoje, 9 anos depois, estou aqui, falando o que sinto por eles!

 

 

– Eleja uma palavra para resumir o seu sentimento em relação à banda:

A primeira palavra que vem na cabeça é amor… mas eu encaixaria a palavra gratidão. Gratidão por suas músicas serem tão especiais na minha vida e por serem minha companhia ideal em vários momentos. O Coldplay faz parte do que eu sou, é inevitável, eles fazem parte da minha vida há 9 anos! Quem me conhece sabe que eu sou a Letícia, que dentre outras características, é fã do Coldplay. Se não citar isso, é porque definitivamente não me conhece direito!

 

2Qual é seu álbum favorito e por quê?

Perguntinha difícil! Por razões sentimentais, pois foi o primeiro CD que eu ganhei do Coldplay, no Natal de 2005, o X&Y é meu xodó, 3 das minhas músicas preferidas estão em Parachutes, mas se fosse para eleger o melhor álbum, eu elegeria o A Rush Of Blood To The Head.  A verdade é que todos os álbuns tem um lugar especial no meu coração, todos são relacionados a lembranças boas, cada música me remete a um momento da vida e tenho prazer em escutar todos eles, mas já que é pra escolher só um, escolho o X&Y que foi o meu primeiro e tem músicas marcantes de uma época para mim, Fix You, Speed Of Sound, Talk, The Hardest Part, A Message… adoro todas!

 

IMG_viva(Foto do arquivo de Letícia Barbosa Barros)

 3 – O que você espera do próximo álbum? Se pudesse escolher, qual parceria musical gostaria de encontrar entre as faixas? (isso se aprovar a banda em parceria com outros artistas)

Confesso que sou um pouco conservadora quanto a parcerias… Acredito que as parcerias tem que somar, no caso do Coldplay com a Rihanna, a primeira parceria em um álbum deles, talvez não tenha subtraído, mas também não somou tanto, apesar de ser uma música que dá para curtir, é um pouco fraquinha, na minha opinião, para o padrão Coldplay de qualidade, entende? Eu sinceramente prefiro álbum sem parcerias, mas não tenho nada contra e gosto de parcerias, porém fora do álbum. A minha aposta para o próximo é a simplicidade, mas sempre com inovações e experimentações, pois qual seria a graça de ser artista se não houver renovação, experimentação e certa ousadia? Se o artista não muda, chovem críticas pela não renovação, se muda, chovem críticas também. Acredito que o próximo será um equilíbrio, depois de um álbum e uma turnê como do Mylo Xyloto, vai rolar algo mais simples, mais enxuto, mas não menos grandioso. Talvez eu esteja errada, mas essa é a minha aposta.

 

4É comum, muitos fãs comentarem sobre a influência das músicas do Coldplay em suas vidas. Existe alguma música que te traz recordações especiais?

 Não existe só uma música! Hahaha. As músicas do Coldplay são a trilha sonora da minha vida, cada uma traz uma lembrança, um sentimento, uma sensação. Mas eu tenho uma música preferida, que é In My Place. Não foi a primeira música que escutei deles, mas foi a que me fisgou de vez, sou totalmente apaixonada por ela desde então. De recordações, as melhores que eu tenho são as dos shows. Vê-los tocar a minha música preferida ali, pertinho de mim é muita emoção! A bateria sinalizando o início da música e o começo da melodia que eu tanto amo… Não tive como conter as lágrimas! Outras músicas que posso eleger são Shiver e Yellow, me trazem um misto de emoções, elas são especiais para mim… ah e Fix You também! Eu danço e realizei meu sonho de fazer um solo com uma música do Coldplay e usei o instrumental de Fix You, sem falar que ela é linda demais!!

 

(Vídeo selecionado pelo colaborador. Via: vivacoldplay – canal do Youtube)

– Qual canção você analisa que, mesmo com potencial para single, foi desperdiçada? 

Acho que especialmente em X&Y, que foi o cd que mais ouvi deles, como eu disse anteriormente ele é meu primeiro cd do Coldplay, eu gosto de músicas que não são muito conhecidas pelo público em geral, como  X&Y e Twisted Logic, por exemplo. Swallowed In The Sea e What if? que são ótimas, eram tocadas nos shows da turnê de X&Y, mas não se tornaram singles. Dentre essas a que eu acredito que poderia ter sido um bom single é What if? Ela é tão gostosa de ouvir e ao mesmo tempo é poderosa!

 

5Já esteve em algum show do Coldplay?

 Sim! Eu estive no show de 2010 na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro e também estive em 2011 no Rock in Rio.


190523_100880269993727_100002152623874_4907_1265990_n[1](Foto do arquivo de Letícia Barbosa Barros)

 6Seja devido ao Setlist ou qualquer inovação (como os papéis picados, as grandes bolas amarelas e as pulseiras iluminadas -Xylobands), você tem uma tour favorita?

Sem dúvida Mylo Xylotour foi linda e muito grandiosa, mas minha preferida é a Viva La Vida tour, por diversos fatores. As roupas usadas por eles, a explosão de cores que veio depois de X&Y em que eles vestiam preto, não é à toa que o CD tem aquela capa, tem um ar de revolução, um ar de liberdade. O setlist foi muito bom, as bolas amarelas em Yellow, o fato de ser uma turnê com palco principal, palco B e palco C, com duas passarelas, o que os aproximava mais do público, e o que dizer dos papeis picados em forma de borboleta? Essas borboletas são a minha paixão! São preciosidades! Além do mais essa tour tem um significado especial pra mim pelo fato de tê-los visto ao vivo pela primeira vez na época dela.

 

181711_100879696660451_1205722_n(Foto do arquivo de Letícia Barbosa Barros)

7Coldplay consegue reunir excelentes críticas, fãs fiéis e, ao mesmo tempo, adquirir fãs novos. Os vários prêmios conceituados, durante a trajetória da banda, provam que a popularidade não interferiu na qualidade do som. Você concorda com essa afirmação?  Para você, qual é o segredo de uma carreira tão sólida, com ampla liberdade e possibilidade de renovação?

Eu concordo. Se formos analisar os 5 álbuns lançados cada um tem uma característica própria, nenhum deles é cópia um do outro. Fazendo uma comparação entre Parachutes e Mylo Xyloto, alguns torceram o nariz para o MX, saudosistas do “velho Coldplay”, mas mais de 10 anos se passaram entre um e outro, muitas águas rolaram, o grupo se tornou mais maduro e com menos medo de ousar, isso começa um pouco em Viva La Vida e explode em Mylo Xyloto, é uma mudança natural. Me incluindo na categoria “fã antiga”, minhas músicas preferidas estão no primeiro e no segundo álbum, o que não quer dizer que eu não possa amar as músicas mais recentes, tenho certeza que os fãs novos que começaram a gostar de Coldplay na era MX também amam as músicas antigas, esse é um reflexo de que a qualidade do Coldplay não caiu mesmo com a popularidade, já que tanto os novos e velhos fãs podem curtir todas as músicas e se identificar com elas. Isso é mais uma questão de opinião e de preferência, vi algumas pessoas dizerem que a qualidade caiu, algumas pessoas acham que popularidade é sinônimo de algum declínio de qualidade, o que não concordo. Na minha opinião, o Coldplay nunca fez nada de decepcionante, apenas de diferente, mas isso pode ser decepcionante para alguns e não para outros, é bem complicado . Para mim, o que garante a vida longa do Coldplay é a capacidade de experimentar em cada álbum sem perder a essência de fazer grandes músicas que tocam a nossa alma e produzem diversas sensações , as músicas do Coldplay tem a capacidade de provocar emoções e reações nas pessoas, é por isso que sou apaixonada por essa banda. Enquanto eles manterem a paixão pelo que fazem, com certeza muitas outras pessoas ainda se apaixonarão por eles.

 

8É possível definir com qual dos quatro membros você mais se identifica? Justifique 

Acredito que é possível sim… Não sei tocar nenhum instrumento, infelizmente, então não tenho identificação musical, eu vejo mais em questão de personalidade. Eu consigo ver em cada um pelo menos uma característica bem marcante.  O Jonny me passa alegria, ele é bem sorridente , o Will passa um ar de disciplina e organização…  essas são as características deles que mais se destacam pra mim na questão de personalidade e  as quais eu admiro. Se tratando de identificação, fico entre Guy e Chris. Tem horas que eu me sinto meio Chris… quando eu estou cheia de energia, elétrica, falando mais, geralmente nos meus momentos criativos e de ansiedade… hahaha. Mas no final das contas eu estou mais para Berryman. Sou parecida com o Guy no aspecto de em algumas situações ficar mais na minha, não falar tanto, o que não quer dizer que eu não seja brincalhona (vide Guy Berryman, Live 2003 Hahaha) ou não me imponha quando necessário. Eu sempre gostei do Guy, desde o início. Em 2011, tive a oportunidade de ver o Coldplay sair do hotel no Rio de Janeiro, não consegui fotos e nem autógrafos, mas consegui tocar no braço do Guy! Hahaha. Foram somente alguns segundos, mas esse mínimo contato físico com um ídolo meu significou bastante para mim, eu nem imaginava que os veria tão de perto naquele dia.

 

Não acredito !  (Foto do arquivo de Letícia Barbosa Barros)

9 Se você encontrasse a banda no camarim, ou em qualquer outro lugar, o que falaria para os quatro se a condição fosse utilizar parte de uma das músicas para se comunicar?  Abuse da imaginação e dê uma nova sequência para o trecho selecionado de “Til kingdom come” (é permitido utilizar o português): ” I feel my time, my time has come, let me in… unlock the door. I never felt this way before.”

Após alguns segundos de silêncio por causa da emoção e do nervosismo, eu continuaria: “Eu nunca me senti desse jeito antes, sim essa é a minha hora, meu momento. Esperei muito tempo para que esses minutos chegassem e eles chegaram. Chegaram e já estão indo embora, tão rápido que não quero desperdiçar com as minhas palavras sem jeito. Só gostaria de dizer algo que realmente não pode ser desperdiçado: Obrigada!”. Aí eu pediria algumas fotos, quem sabe um abraço… espero que a minha hora realmente chegue!

 

10 – O que é ser um Coldplayer? 

Um Coldplayer é mais que ser apenas fã. Eu sou fã, bastante fã de outras bandas, mas não sinto por nenhuma delas o que eu sinto pelo Coldplay. Se alguém perguntar pra mim “Você é fã do Coldplay?”, eu vou responder que sim, óbvio, mas eu sinto algo mais que isso, algo que a pessoa provavelmente não entenderia, principalmente se achasse bobagem ser tão fã de algo ou alguém. É uma conexão mais profunda o que um Coldplayer sente pela banda. É assistir a um vídeo deles, ou ouvir uma música deles e ter o mesmo sentimento de todas as outras mil vezes em que você assistiu ao vídeo e ouviu a música; é fazer sacrifícios para ir a um show deles e ficar arrasado quando não tem como, ou quando eles cancelam a turnê; é esperar avidamente por novidades e por lançamento de CD e ter estes como verdadeiros tesouros; é ter o sonho de ter a oportunidade de falar tudo o que sente para esses quatro caras, os quais admiramos tanto; é ter certos momentos e pensar “Cara, como eu amo essa banda, amo tanto” e começar a divagar e pensar em como seria a sua vida sem ela. Se você não consegue imaginar o quão diferente sua vida seria sem o Coldplay e não gosta nem de pensar nisso, você definitivamente é um Coldplayer.

 

Muito obrigado pela entrevista, Letícia! É excelente comprovar o quanto o Coldplay está presente na vida das pessoas,  sua história comprova isso e revela um amor sincero pela banda. Definitivamente você está no grupo dos Coldplayers.

Você, que também é um coldplayer com boas histórias para compartilhar, não deixe de enviar o seu nome para também declarar, através de palavras e imagens, seu amor pelo Coldplay…

Até a próxima rodada.

Vitor Babilônia

Vitor Babilônia é Editor-Chefe do Viva Coldplay e Roteirista. Sua formação passa por instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vancouver Film School. Ele é fã da banda desde 2004.

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