Publicado originalmente no dia 9 de dezembro, essa entrada do blog escrito por R42 fala dos dois primeiros shows da Mylo Xylotour. O roadie dá alguns detalhes da concepção da turnê e das idéias por trás do uso das xylobands/glowbands.
Blog #157 – #42 dá relatos dos dois primeiros shows em arena e do pequeno show no Dingwall
Saudações. Estou com um pé para fora da O2 arena, então, não tem muito tempo para pôr em dia as novidades de uma semana bem cheia. Os shows em arena finalmente começaram, em Glasgow, no sábado. Tenho quase certeza que a primeira arena britânica da turnê Rush Of Blood foi a SECC, em Glasgow. A gente já fez um bocado de shows, mas esse foi o primeiro em usamos para lentes anamórficas [? – “Cinemascope bendy screen] sobre o palco.
Dessa vez, a produção tem algumas diferenças. No passado, os telões eram para garantir que todos tivesse uma ótima visão do show onde quer que elas estivessem. Dessa vez, porém, as coisas foram um pouco diferentes. Dessa vez, o intuito é fazer com que o público seja *parte* do show. De fato, em diversas músicas do repertório, as luzes não são apenas para extasiar a platéia a ponto de deixar tudo mundo sem ação – pelo contrário, em uma grande porção, o público *é* o show de luzes.
É uma boa reviravolta. No pior dos casos, a produção de uma turnê é uma questão de desenhar um monumento para eles mesmos e pôr a banda em algum lugar dele. Por trabalharem com as pessoas certas, esses caras evitaram ao longo de toda a sua carreira. Agora, eles estão no ápice de fazer um show sobre o público. O melhor lugar do público é agora é uma questão debatível.
O show de Glasgow não foi isento dos gnomos de primeiro show de turnê. Teve algumas notas erradas gritantes, falhas de equipamento e toda a gangue que acompanha a estréia de uma turnê. Mas que público. Lembro que o meu álbum ao vivo preferido tinha creditava o público de Glasgow pela segunda voz. Eu ficava sempre imaginando como seria um público de Glasgow – eu sou lembrado de como é toda vez que venho aqui.
O show seguinte na MEN arena é um marco do primeiro ‘de volta para o fundo’ [back to back], o que significa que ficam retirando o equipamento até as primeiras horas da madrugada, deslocado para a cidade seguinte e organizado de novo algumas poucas horas depois. Não vai ser surpresa para ninguém que tem bastante gente cansada por aqui na hora do show. Mas a banda segue em frente e o formato da arena (e o fato de haver pessoas atrás da banda também) faz com que o visual das pulseiras seja absolutamente estonteante. O vídeo no digi tour pack dá uma idéia.
Antes do show, esbarro no pai do Jonny, que está dando uma olhada no lugar. Fico pensando que ele já viu o filho em lugares bem menores do que esse. A primeira vez que ele viu o Coldplay no Telford Warehouse, que é basicamente os fundos de um pub. O que será que ele pensou quando o show de hoje a noite teve início?
Tenho que dizer que, ao longo dos shows dos festivais, eu receei que o coral em Viva fosse ofuscar tudo. Os fãs iam começar a cantar antes de a banda subir no palco e, mesmo nos intervalos dos shows. Está claro, porém, que Charlie Brown vai ser um ponto alto absoluto desses shows. Eu também chequei o Twitter no caminho de volta e, agradavelmente, alguém postou que “Paradise parece ser a música mais assobiada enquanto estão todos saindo da arena”. Está parecendo que o novo álbum trouxe sua própria mágica juntamente consigo.
De arenas gigantes a… um local de capacidade para 450 pessoas!
A banda está fazendo um show para a Jo Whiley na BBC Radio 2, no Dingwalls, em Camden. Tanto a Jo quanto o Dingwalls são peças-chave nos primeiros anos da história da banda, então é um dia especial. A passagem de som é hilária. Metade da BBC parece ter descido até aqui, deixando e, aberto a questão de haver ou não espaço suficiente para o público que vai chegar mais tarde.
Chris faz uma piada perguntando se eles deviam “checar o palco-B agora”, antes de se dar conta que o palco-B da turnê atual é bem maior do que o palco em que eles estão agora.
A setlist passa por uma pequena alteração antes da hora do show. Por algum motivo, a informação não chega até mim pelo sistema de comunicação, o que faz com que a banda esteja no palco enquanto a minha plataforma está em completo caos e confusão. Por sorte, não é uma transmissão ao vivo.
Mas, quando as coisas dão errado, você fica com uma atitude diferente no show. Passo o restante do show em modo se alerta, esperando pela próxima visita hostil da fada do estraga-tudo.
Sou levado a acreditar que foi um show e tanto. Talvez eu assista na televisão para verificar.
R42