Rolling Stone: “Ghost Stories, um álbum definido entre a depressão e a aceitação”

28 maio, 2014

A revista Rolling Stone publicou recentemente uma resenha feita sobre o mais recente álbum de Coldplay, Ghost Stories. A avaliação feita tanto pelo site quanto pelos leitores foi um total de 3,5 estrelas:

Desde que conhecemos Chris Martin, há 14 anos, ele tem sido um pastor emocional de confiança, empurrando-nos para ouvir o ressoar dos sinos, admirar as estrelas, brilhar no escuro, obedecer nossos corações. Mas o que acontece quando ele não tem alguém em quem se inspirar ao escrever essas baladas?

O sexto álbum do Coldplay se chama “Ghost Stories,” e há, obviamente, um fantasma loiro assombrando as 9 faixas. O álbum veio dois meses depois de Martin e Gwyneth Paltrow anunciarem sua separação. Pela primeira vez em anos, Martin não está tentando “Te consertar.” Agora, ele precisa reparar a si mesmo.

O resultado é um álbum de Coldplay diferente de tudo que a banda já fez. Em vez de levantar as mãos ao alto e cantar o refrão irresistível, há sussurros que lembram o álbum 808s & Heartbreak, de Kanye West ou Bon Iver, Bon Iver. “You’re always In My Head,” Martin canta na abertura do CD acompanhado de Jonny Buckland; Ele mantém esse voto por 43 minutos. Em “Oceans,” o falsete de Martin aparece ao lado do som acústico da guitarra e continua por um bom tempo. Quando ele chega perto do desfecho, “O,” Martin é um fantasma, uma coluna de fumaça perseguindo um bando de pássaros no céu.

O co-produtor Paul Epworth, que ajudou Adele a ganhar vários Grammys em 2012, fez um trabalho louvável ajudando Coldplay a descascar as camadas de “Mylo Xyloto,” aterrizando em uma paleta mais minimalista. Em várias músicas, o baterista Will Champion experimenta batidas suaves. As faixas variadas de Martin harmonizam em “Midnight,” pivô do álbum, com sintetizadores imitando a desorientação citada durante a música. Ao vivo, a banda vem realizando a faixa com um par de harpas à lazer, que são guiadas por Martin e Guy Berryman.

Ghost Stories é definido em algum lugar entre a depressão e aceitação: Enquanto Martin traça todo o caminho para o precipício, Coldplay – continuam sendo os mesmo quatro caras que trouxeram “Yellow,” em 2000, e compartilham os créditos igualmente – não desliza sobre a borda. O single, “Magic,” e “Ink” sondam as perspectivas de amor eterno após a chama deste ter sido apagada. A faixa mais animada do álbum, a produção de Avicci, “A Sky Full of Stars,” dá uma chance para Martin dançar.

A verdade por trás de “True Love” é dolorosa de suportar, de modo que o cantor instrui seu parceiro “Apenas me diga que você me ama/ Se você não me ama, minta/ Minta para mim.” Em um recente concerto em Nova York, o cantor de 37 anos proclamou a música como sendo a favorita da banda. O solo da guitarra é o momento mais satisfatório do álbum, sonoramente. Provavelmente não é a canção que Martin queria escrever, mas é do que ele precisa no momento.

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